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RAU - ÁGUA (2024)

 

A construção desta obra parte do do poema "Água (2024)", que revela a ambiguidade desta e sua interação com o meio urbano. A água,  ao mesmo tempo que maltrata e transmuta a beleza em ruína, representa uma força que, enquanto cria, também consome. A instalação, situada sob uma torneira, localizada na Fonte da Carioca, em Laguna, cria um diálogo entre a história e a memória do espaço urbano. Ao inscrever o poema sobre papel, busca capturar a fragilidade da linguagem e das memórias que se acumulam ao longo do tempo, usando a  terra como suporte deste, que nela se deposita.

Camadas de lama representam o passado, e, ao ser lavada pela água, revela a efemeridade de tudo que toca. Ela, que tudo cria, também nos lembra, nada é permanente; sua passagem transforma, infiltra, desgasta, transita, arruína, deforma...

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POEMA - ÁGUA (2024)

ESTA QUE TRANSPOSTA MALTRATA
MUITO TRANSA À SOMBRA SATURA
TRANSMUTANDO TODA ESSA FEIURA
DO REFLEXO LEVA A PRATA

TRANSPIRA  MUNDO TRANSBORDA  
TRANSFORMANDO TUDO PAULATINA
TRANSCENDENDO A RUÍNA
TRANSPASSA PEDRA TIJOLO CORDA

SUA FEIURA SEM PUDOR  
ELEMENTO INICIAL DEMOLIDOR
DO EFÊMERO FEZ-SE O ESMERO

MESMO FRIA CRIAS CANDURA 
CONSOME TUDO POSTO QUE É CURA
ARRUÍNAS OSSO COROES FERRO

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Infiltração - 2024

A exposição "Infiltração" propõe uma imersão no tecido urbano de Laguna, convidando artistas a estabelecer um diálogo com o patrimônio histórico da cidade. Por meio de performances, objetos e instalações, os artistas irão se infiltrar no centro histórico, desvelando as camadas de tempo e memória presentes nas edificações.

O conceito de infiltração adquire uma dupla dimensão: por um lado evoca a ideia de uma intervenção artística que se insere sutilmente na malha deste espaço urbano, buscando estabelecer uma relação de complementaridade e conflito com a arquitetura existente; por outro, a infiltração remete à noção de ruína, à passagem do tempo e à inevitável transformação dos elementos materiais e imateriais que constituem o patrimônio cultural.

As obras que irão compor a exposição "Infiltração" não se organizam a partir da ideia de “adorno” do espaço urbano, mas como catalisadores de experiências sensoriais e reflexões sobre os elementos arquitetônicos, históricos e culturais, para repensar as relações entre passado e presente e a imaginar futuros possíveis. Ao se inserir no centro histórico de Laguna, esta exposição busca não apenas celebrar o passado, mas se tornar um convite à discussão sobre a importância de preservar o patrimônio cultural, e ao mesmo tempo poder reinterpretá-lo, e adaptá-lo às novas demandas da sociedade contemporânea, tal como seu uso para moradia estudantil.Ao ter uma duração limitada, a exposição cria um senso de urgência e valoriza o momento presente, que desafia a ideia de uma memória fixa e estática.

Participam dessa ação:

ADRIANE KIRST

ANAMARIA BRUGGEMANN 

ANDREI DETONI 

CLAUDIA SILVESTRE

EDUARDO SILVEIRA

GIANELLA S. RIEPHOFF

GLÓRIA CABRAL

ILCA BARCELLOS

JULIA SERAFIM

KATIA VÉRAS, GLÓRIA CABRAL E ESTUDANTES DO CURSO DE ARQUITETURA DA UDESC

LUCIANA FLORENZANO 

MARIAH FLORES

MARY AKEMI 

OTROPICALISTA

RAULINO ZIMERMANN

SANDRA MEYER

SANDRO CLEMES

SARA RAMOS

ZANS

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